sábado, 28 de março de 2015

Arcanjos tem Poder?

Existem várias correntes religiosas que admitem uma explanação hermenêutica acerca da angeologia, vugo, bíblica. Contudo se baseiam em textos excluídos do cânon bíblico. Estes textos são conhecidos como "apócrifos" ou "históricos" e não são reconhecidos como sagrados ou canonicos por conter textos exclusivistas e isoladamente restritos a personagens que também são seus escritores, sendo compreendidos apenas como pontos de vista particular para fins históricos.
Alguns destes, tentam desglorificar a Deus dizendo que Jesus é apenas um anjo.
A tese de que Jesus Cristo seria um anjo, forçaria a retirada de todo o evangelho de João do cânon bíblico, onde a divindade de Cristo é afirmada e admitida por um dos doze primeiros apóstolos que conviveram, isto é, viram a Cristo, tocaram em Cristo, e viveram em Cristo de forma que sua fé Nele foi provada até a morte e martírio cruel de cada um deles. Como poderíamos não aceitar o texto de João 1:1-18 como uma prova de fé tão poderosa!?
"No princípio, era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus."(João 1:1)
E se afirma novamente:
"Ele estava no princípio com Deus."(João 1:2)
Então, se Ele - Jesus Cristo - estava no princípio com Deus, Ele não foi criado! E se Jesus não foi Criado, então, Ele não pode ser um anjo, por que os anjos foram criados.
Por sua vez, os anjos são relativamente jovens em comparação ao próprio Deus, pois a eternidade nasceu Dele e os anjos foram criados antes do nosso sistema solar "apenas".
"Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam denominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele."(colossensses1:16)
E ainda é afirmada novamente a autoridade de Cristo:
"E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele."(colossensses 1:17)
Portanto, Cristo é Deus!
Você pode até se perguntar:
__Então quem são os arcanjos?
__São seres espetaculares, poderosos?
__Eles são semideuses?
A resposta é: NÃO, não são!
Arcanjos são ministros da vontade de Deus "assistem diante de Deus" (Lucas 1:19). Foram CRIADOS junto com os demais anjos antes da criação do mundo que conhecemos e vivemos, são incontáveis seguem ordens hierárquicas estabelecidas por Deus, isto é, são nossos conservos fiéis a Deus (colossensses1:16; Jó 38:6-7; Hebreus 12:22). São responsáveis pela manutenção e execução de ordens diretas ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE do próprio Deus.
Embora tenham nomes, vontades e personalidade, não admitem adoração.
No próprio nome de Miguel está implícito o significado de sua existência "quem será como Deus".
E aquele que tentou assumir posição de adoração (Isaías 14:14) foi transformado em satanás.
O termo "Arch" que significa "sumo","chefe", trata-se de uma categoria, um título de hierarquia sobre os demais ANJOS apenas, vemos em Ezequiel 28:1-10 que o profeta exalta um personagem que na teologia é reconhecido como o próprio lúcifer por sua beleza e sabesorias superiores que fora perdida por sua insubmissão a Deus.
E em todo o novo testamento o termo "arch" - em relação a anjos- só é empregado duas vezes. (Judas 9 e 1°tessalonissensses 4:16)...
Isto é.
A adoração a seres "angelicais" também é pecado, desde entre eles até de nós a eles.
Contudo esta prática, proveniente do paganismo, acabou incorporada pela cultura Romana e se tornaram alvo de culto.
Nela, a imagem de "anjos" é usada para agregar valor a "santos" e ícones da igreja romana. Tamanha apostasia chega ao cúmulo de admitir gênero, raças e divisões etárias e sacerdotais para eles.
Não se faz menção em nenhum texto da bíblia que algum anjo seja criança, mulher, sejam para guardar crianças ou afins e, sequer, aceitou adoração direta de qualquer que seja. Pelo contrário, eles são advertidores dessa prática, afinal um terço dos anjos do céu perderam sua graça por aceitarem adoração e adorar a outeo que não seja o único Deus!
Veja que em nenhum momento anjo algum "batizou" templos em nome de outrem, apregoou em nome de outrem uma Salvação, mas aceitaram e seguiram cegamente o que seu superior lhes impunha e por isso também foram condenados.
A advertência-mor contrária a adoração de anjos está implícita na determinação de Deuteronômio 5:9 quando o Senhor ordena que somente a Ele podemos adorar e prestar culto.
Então qual a função dos anjos?
Eles transmitem mensagens e revelações do Senhor aos seus servos para animá-los, confortá-los, dar livramentos, reuní-los como povo de Deus. (Daniel 10; Zacarias 1:19-20); protegem os que temem ao Senhor das investidas do malígno(Salmos 34:7;91:11-12; Daniel 6:22); batalham a favor de Cristãos, povos e Nações em conflitos que acontecem o mundo espiritual(Isaías 37:36; Daniel 10:13; 12:1) e cumprem decretos e juízos do altíssimo(Gênesis 19; Atos 12:23; Apocalipse 16).
Portanto, conscientize-se!
Quando vc adora, cultua, prostra-se, ora, pede, invoca, pede por intercessão ou simplesmente aceita sabendo que é errado, você está praticando o pecado de idolatria, descumprindo os 10 mandamentos, 613 preceitos da Lei de Deus, e etá aceitando ter o mesmo fim dos anjos que caíram e nao merecem mais perdão.
Só em Jesus Cristo há Salvação!(Atos 4:12; Romanos 1:11-16;
Nao há outro Deus que possa oferecer tão grandiosa paz!(Êxodo 15:2; 2Samuel 22:3)
Só alcançará Salvação quem a busca em Deus!(Salmos 37:39; 62:2-7; 119:166; Isaías 12:2)
E por fim:
"Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ri imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas, nem a elas servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia aos milhares dos que me amam e aos que guardam meus mandamentos. (Êxodo 20:3-6)

Deus continue nos abençoando!

http://www.gotquestions.org/Portugues/anjos-Biblia.html

sábado, 22 de fevereiro de 2014

A Graça de Deus

a Graça de Deus

“Todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça
(João 1:16)

Introdução: A Graça de Deus é o favor imerecido, bênção recebida sem que possamos pagar por recebê-la, como o Apóstolo Paulo nos descreve em romanos 3:24: “Sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.” Para que lembremos que Deus nos amou de tal maneira (Jo: 3:16) que não devemos comparar nossos delitos e falhas que geraram nossos pecados, já cravados na cruz, com a graça que nos revela a Salvação. “Entretanto, não há comparação entre a dádiva e a transgressão. De fato, muitos morreram por causa da transgressão de um só homem, mas a graça de Deus, isto é, a dádiva pela graça de um só, Jesus Cristo, transbordou ainda mais para muitos.” (Rm.: 5:15) Por que “Veio, porém, a Lei para que a ofensa abundasse. Mas onde o pecado abundou, superabundou a graça, para que, assim como o pecado reinou pela morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, mediante jesus cristo nosso Senhor.” (Rm.: 5:20-21)
E essa graça nos revela seu real poder: gerar em nós o dom Gratuito de Deus que é a Salvação. (Rm.: 6:23)
Jesus pagou tudo por nós para que recebêssemos de graça o que para Ele custou muito caro: a Sua própria vida.
Quando o texto de João 1:16 se refere a “graça sobre graça” demonstra o grandioso feito de Cristo na cruz, onde pagando em nosso lugar por nossos pecados que nos faziam dignos de morte e indignos de tamanha graça que foi seu sacrifício, Cristo nos Justificou com grande Poder para que recebêssemos o perdão e fôssemos acolhidos novamente como filhos, Amigos e servos. Por isso Graça sobre Graça.

Doses dA Graça de Deus

Como uma Vacina que nos oferece proteção contra males indesejados, perigosos e mortais, assim é a graça de Deus que é ministrada gradativamente até que nos tornemos protegidos contra o Mal aos quais Ela vem nos oferecer proteção. Contudo, da mesma maneira que precisamos dispor de tempo para ir a um centro médico aguardar o momento para que nos seja ministrada a vacina em nosso favor, Assim mesmo deve ser a busca pela Graça de Deus.

Precisamos acima de tudo entender que sem a graça de Deus, nada que fizermos, por melhor que seja a intenção, nos protege da morte à qual todo homem está predestinado pois: “Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e nunca peque.” (Ec.: 7:20) E que apenas por Jesus Cristo alcançamos essa graça que nos transforma de condenados à morte em Vivos para a eternidade.

Como uma vitamina que fortalece e evita doenças, a Graça de Deus gera em nós um alerta para o pecado que ao menor risco de contaminação, nos lembra que fomos resgatados por Cristo para não pecarmos mais e termos plena comunhão com Ele pela eternidade.
Quando entendemos que o Amor de Deus nos acolhe mesmo sem sabermos ou merecermos, mas testificamos nossa fé Nele assim mesmo, fazemos cumprir o que está escrito em I João 5:10-12 que diz: “Quem crê no filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho. Quem não crê em Deus, mentiroso o faz, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca de Seu Filho. E o testemunho de Deus é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.”
Nisto sabemos que Deus nos ama, e independentemente de qualquer situação Ele nos dá sua maravilhosa graça para gerar em nós o conhecimento de nossas faltas contra Ele e nos fazer voltar nossos corações envoltos pela sombra do pecado à luz do arrependimento. Pois, antes mesmo de pensarmos em Deus Ele já pensou em como salvar nossas vidas para Ele mesmo.
Quando estávamos no mundo pensando que vivíamos longe de Deus, lá mesmo o Senhor por sua infinita Graça nos seguia (Romanos 6.14) até o momento em que o Espírito Santo conseguiu nos convencer deste tão grande amor (João 16.8-11).
Deus te ama antes de tudo!
                              
“Pois a graça de Deus se manifestou, trazendo Salvação a todos os homens” (Tito 2:11) “a fim de que, justificados por sua Graça, sejamos feitos seus herdeiros segundo a esperança da vida eterna.” (Tito 3:7)

Como um remédio ou curativo que traz alívio à dor, também, a Graça, Purifica e Justifica. Ela é a responsável pela cura dos males causados pelo pecado que nos contamina enquanto estamos distantes de Deus e mortos em Cristo, mas quando recebemos a Cristo como nosso Senhor e Salvador, recebemos também o perdão dos nossos pecados e nos tornamos alvos da sua redenção para recebermos a salvação, processo em que a graça nos cura e nos regenera para Deus nos usar como verdadeiros servos. Neste momento conhecemos o amor de Deus, ao sentirmos que há uma mudança drástica em curso dentro de nós, que, como uma espada, nos separa e nos purifica de tal maneira que as velhas obras nos enojam e crescemos enquanto o processo de regeneração nos aproxima de Deus até que sejamos uma nova criatura.
A experiência do Novo Nascimento nos traz uma nova vida (II Coríntios 5.17) quando somos purificados pela Graça de Deus. Quando temos um primeiro encontro com Jesus, conhecemos o amor de Deus e experimentamos a salvação pela graça (Efésios 2.8).
Muitas pessoas não entendem como uma pessoa tão pecadora pode ter uma segunda chance por pensar que essa mudança acontece facilmente. Quem pensa assim é porque não conhece ainda o poder da Graça de Deus em renovar vidas lavando com o sangue de Jesus que é capaz de renovar todas as coisas (Apocalipse 22.14).
O amor de Deus perdoa seus pecados!

E o Deus de toda a Graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, Ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá. (1 Pedro 5.10)

Depois de salvos, Deus nos assiste e nos ajuda na luta contra o pecado. Somente pela Graça podemos permanecer em Deus e não voltar atrás na vida de pecado e perdição. A cada dia o Espírito Santo continua esta obra em nossos corações nos trazendo arrependimento e mudança de vida. (II Coríntios 4.15).
Não devemos receber a graça de Deus em vão, (II Coríntios 6.1-3) por isso devemos anunciar esta tão grande salvação trabalhando na obra de Deus e levando mensagem da graça a outras pessoas (Mateus 10.8). O fato de servimos na obra de Deus demonstra saúde espiritual, ou seja, que estamos prontos para obedecer ao Senhor.

Pela Graça você pode vencer o pecado!

sábado, 14 de setembro de 2013

Aniversário, comemorar ou não?

Alegrai-vos no Senhor, e regozijai-vos, vós justos; e cantai de júbilo, todos vós que sois retos de coração. (Salmos 32:11)

Estava meditando na Palavra do Senhor que subiu ao meu coração e me lembrei, quase que por acaso, do dia do meu aniversário. confesso que Pareceu estranho o termo "lembrar" até pra mim que, como todo mundo, gosto muito de receber presentes.
Contudo o que me fez meditar acerca do assunto é que certa vez, conversando com um Amigo meu que é T.J. (Testemunhas de Jeová) me deparei com o seguinte raciocínio apresentado por ele: "Não comemoro aniversários de maneira nenhuma e nem aceito presentes nesta data, pois vejo um impedimento bíblico para tal. Pois nos textos bíblicos, apenas encontro as palavras aniversário e o vejo sendo comemorado em duas ocasiões que não me dão prazer para comemorar: O Aniversário do Faraó, contemporâneo a José (Gênesis 40:20); e no Aniversario de Herodes, onde por petição da prostituta cultual Herodias foi concedida por Herodes a cabeça de João - o Batista, primo de Jesus numa bandeja (Marcos 6:21-22).”
Confesso que fiquei sem argumentos mediante a tais textos por alguns instantes enquanto borbulhavam em minha cabeça pensamentos contrários à afirmativa de que tais textos impediriam a comemoração de aniversários.
Pois bem...
Levando em conta que não posso usar um texto isolado e fora do contexto para criar doutrina e "todo texto fora do seu contexto, gera pretexto para criação de uma heresia", vejamos o que concluímos com o texto bíblico e o que ele nos ensina.
Em primeiro lugar os textos de Gn.: 40:20 e Mc.: 6:21-22 são próprios e exprimem a natureza festiva da comemoração do Aniversário. Percebemos, então, que os povos antigos já mantinham este costume. Mesmo porque a palavra aniversário vem do latim “anniversarius*” e nos remonta a tempos remotos.
*(anni = "ano" + vers = "que retorna" + arius = "data", que significa "o que volta todos os anos" ou "o que acontece todos os anos").
Origem da Comemoração
A celebração de aniversários natalícios hoje em dia têm uma longa história. Suas origens misturam-se no domínio entre magia e religião. Os costumes de dar parabéns, dar presentes e de celebração - com o requinte de velas acesas sobre bolos redondos tinham uma razão em particular nos tempos antigos: serviam para proteger o aniversariante de demônios e garantir segurança no ano vindouro.
Faz-se necessário notar que quando olhamos para a história com lentes bíblicas, percebemos que até o quarto século o Cristianismo olhava para tal comemoração como costume pagão, e é interessante que na bíblia estes eventos não são comumente citados pelo fato dos judeus e primeiros cristãos considerarem as celebrações de aniversários natalícios como parte da adoração idólatra, por causa dos ritos de consagração dos aniversariantes a ídolos pagãos. Ou seja, não eram meras comemorações familiares, mas óbviamente um costume da época não assimilado.
É de conhecimento de todos que muitos costumes gregos foram assimilados pelos cristãos romanos, e que o fato de ser grego trazia consigo uma enorme carga de costumes religiosos que foram considerados pagãos por estudiosos e doutores da igreja, entre eles a crença de que todos tínhamos um espírito protetor ou gênio inspirador que assistia ao nosso nascimento e vigiava sobre nós em vida. Este espírito tinha uma relação mística com o deus em cujo aniversário natalício o indivíduo nascia. Daí o costume de acender velas nos bolos de aniversariantes gregos. Bolos de mel redondos como a lua e iluminados com velas eram colocados nos altares do templo de Ártemis. As velas de aniversário, na crença popular são dotadas de magia especial para atender pedidos. Acreditava-se também que as saudações natalícias tinham poder para o bem ou para o mal, porque a pessoa neste dia supostamente estava perto do mundo espiritual.
Um dos pais da igreja, Orígenes (em grego Ὠριγένης, cognominado Orígenes de Alexandria ou Orígenes de Cesareia ou ainda Orígenes o Cristão (Alexandria, Egito, c. 185Cesareia, ou, mais provavelmente, Tiro, 253) que foi um teólogo e filósofo neoplatônico patrístico e um dos Padres gregos, insistia que “d’entre todas as pessoas santas nas Escrituras, não se registra nenhuma delas como tendo guardado uma festa ou realizado um grande banquete em seu aniversário natalício. São apenas os pecadores (como Faraó e Herodes) que fizeram grandes festejos quanto ao dia em que nasceram neste mundo cá embaixo.”
Contudo, por influência e perseguição do império romano que era um império pagão que corrompia os bons costumes através dos vícios, luxo e prazeres pecaminosos que degradavam a sociedade romana, muitos dos costumes pagãos foram introduzidos cirurgicamente no seio do cristianismo ao longo do tempo em que dominou grande parte do mundo e através de excessivas comemorações por motivos fúteis fantasiados pela religiosidade pagã que confessavam demonizavam os Cristãos e comemoravam sua morte com crueldades assistidas pelo povo e oferecida aos seus deuses. Porém, este é um assunto à parte.
No tocante a este assunto, existem consideráveis pormenores sobre a origem das celebrações de aniversários natalícios, e não necessariamente onde começou a ser comemorada ou por quem, mas desde sempre as pessoas creem em espíritos bons e maus, (às vezes chamados de fadas, duendes, demônios, anjos, santos, deuses...) E todas as culturas, desde as mais remotas, temiam que tais seres pudessem prejudicar ou favorecer o aniversariante, de modo que ficar cercado de amigos e parentes, cujos votos de felicidade, e sua própria presença, o protegeriam contra os perigos desconhecidos que o aniversário natalício apresentava. Uma refeição em conjunto fornecia uma proteção adicional e ajudava a trazer as bênçãos dos espíritos bons. Portanto, a festa de aniversário natalício destinava-se originalmente a proteger a pessoa do mal e garantir que tivesse um bom ano.
"O motivo de se usarem velas remonta aos antigos gregos e romanos, que criam que círios ou velas tinham qualidades mágicas. Eles oravam e faziam pedidos a ser levados para os deuses pelas chamas das velas. Os deuses enviariam então suas bênçãos e talvez respondessem às orações.”
No tocante a comemoração ou não de nossas datas natalícias, vejamos o principal argumento pelo qual não devemos usar os textos de Gn.: 40:20 e Mc.: 6:21-22 isoladamente como restrição para este evento.
Começando pelo equívoco – comum Na edição dos Testemunhas de Jeová – onde está escrito acerca do patriarca Jó, ao qual creditam tamanha confissão de retidão: "Quando um dos filhos de Jó fazia aniversário, todos os irmãos e irmãs se reuniam para uma grande festa, com bastante comida e bebida. Às vezes essas festas duravam vários dias..." (Jó 1:4, Bíblia Viva).
Ora, Jó e seus filhos porventura não eram Judeus e antes do século IV até mesmo os cristãos não comemoravam aniversários, poderia, pois Jó em época tão remota preceder tal comemoração? Ou porque em nenhuma outra tradução bíblica encontra-se neste texto o termo “aniversário” e nem se dá a entender no texto bíblico comum que o termo “cada um no seu dia” refere-se propriamente a um aniversário? Acaso isso não é forçar o texto (Eisegese) para fazê-lo dizer algo pertinente a seus pensamentos? Portanto Eles mesmos se contradizem sem conhecer as escrituras e erram até em suas afirmações mais particulares.
Ficando, pois, com A Bíblia, percebemos que na cultura da igreja primitiva não cabiam comemorações de aniversário pelo simples fato de que os Cristãos estavam mais preocupados em sobreviver das investidas do governo Romano que os buscava como animais para matá-los no coliseu, sobre fogueiras, em praças e câmaras de tortura, que gastar o pouco que conseguiam para manter vivos os filhos – estes escondidos em cavernas - com festas claramente sem motivos para comemorar. Contudo, Felicitarem-se entre si era comum mesmo em tamanha tribulação, pois a conversão trazia eterno peso de Glória para os Cristãos que mesmo sob martírio não negavam a sua Fé por depositarem sua fidelidade e esperança nas promessas de Cristo.
Cremos que nos são lícitas todas as coisas, mas que nem todas nos convém participar. (Cf.:1Cor.: 6:12) E que o estado de liberdade civil que provamos nos permite infinitamente mais oportunidades que a igreja primitiva sonhou alcançar um dia. Não obstante, nos convém chorar e gozar dos privilégios que são vindouros que nos alegrar por um pouco de tempo com os Prazeres transitórios do pecado. (Cf.: Hb.:11:25)

Mas que se nossa força for a alegria do Senhor, e nossas comemorações forem como vozes de Júbilo e graça para o Senhor Deus, (Cf.: Jr.:33:11) Não há dolo em nos alegrarmos com os que se alegram, antes é um princípio do cristianismo(Rm.: 12:15) Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;...”(Is.: 9:6) “Fiel é esta palavra: Se morrermos com Ele, também viveremos com Ele; se perseverarmos, também com Ele reinaremos; se o negamos, Ele, por sua vez, nos negará; se somos infiéis, Ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo. Recomenda estas coisas. Dá testemunho solene a todos perante Deus, para que evitem contendas de palavras que para nada aproveitam, exceto para a subversão dos ouvintes.” (2Timóteo 2:11 a 14) Porque uma coisa é certa, “...vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.”(João 4:23) E “ Comemorarão a Tua imensa bondade e celebrarão a Tua Justiça.” (Salmos 145:7)