“O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus
caminhos.” (Tiago 1:8)
Estamos vivendo
tempos obscuros, onde os princípios e valores são esquecidos e/ou usurpados por
conceitos temporais. E isso,
infelizmente, não é um ponto de vista, mas um fato!
São pontos positivos quando a nossa sociedade, e nós mesmos,
quebramos tabus e “pré-conceitos” que, erroneamente, marginalizam, excluem,
difamam e/ou definem pessoas, atitudes, culturas e, por fim, a “realidade”.
Somos em todos os instantes comparados e medidos através de
nossas atitudes, amizades e até pensamentos. Contudo o nosso “Eu" nunca
perdeu tanto sua identidade como em nossos dias.
“Ontem”
Outrora, podiam
mestres e discípulos acompanhar o desenvolvimento espetacular de reinos e seus
grandes dominadores que, com honra, permitiam dar à vida o valor e respeito
equivalente a maior e mais especial honraria; a morte era tratada como tal, e
não apenas uma extensão do destino, isto fazia com que vivessem intensamente em
busca de melhoras para um mundo ainda a ser descoberto mesmo em decorrência do
tempo finito e nebuloso que é viver. (É claro que isso se aplica aos mais
sensatos e providos de valores). Eram tempos em que sentar-se debaixo de
macieiras permitia-nos formular teorias que revolucionariam o mundo e o das
demais gerações. Tempos em que as dificuldades eram o impulso que faltava para
correr atrás de um “lugar ao sol” e não de viver à sombra de outrem. Tempo em
que o parasita era reconhecido como o tal, mas que ainda assim havia lugar para
ele junto a sociedade além dos exílios e prisões. Estamos vivendo tempos
obscuros, onde os princípios e valores são esquecidos e/ou usurpados por
conceitos temporais. E isso, infelizmente, não é um ponto de vista, mas um
fato!
“Hoje”
Nossos dias estão atarefados demais; não dá tempo para nada;
tudo parece uma mistura de distante demais e perto demais; nada tem medida
usual, mas apenas temporal; os valores são relativos, superficiais e temporais,
isto é, “Carpe diem” e só!
“Vivemos dias difíceis.”
A distância entre familiares não é mais à moda americana:
“quando os filhos saem de casa para fazer faculdade e trabalhar, Mas visitam os
pais nos fins de semana.” Mas é distância emocional: “ Os pais saem de casa
para trabalhar e estudar por toda a semana e vivem com seus amigos no final
dela. E os filhos ficam com as migalhas: Gritos, stress, desamor,
incompreensão, falta de carinho, etc...”
O que acontece é que há uma geração distante da convivência
familiar, alheios a formação de caráter proveniente dos valores familiares,
incompreensão de efeito temporal, isto é, a ausência do diálogo informal entre
familiares isenta os filhos dos pais em pessoa, gênero e grau onde os filhos
desconhecem seus pais, familiares, culturas e suas experiências, escolhas e
consequências. Com isso, não compreendem seu próprio caráter e seus conflitos
interiores, tornando-se um jovem problemático e futuramente o algoz de uma
família que espelhará a si mesmo as deficiências psicológicas nas quais
acostumou-se a conviver. Levando gerações a cometer erros irreversíveis não só
a nível pessoal, mas a mudança de caráter, princípios e valores que
vislumbrados por exemplos deficientes tornam distorcida a compreensão de
realidade.
“Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados
em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia,
enganam fraudulosamente.” (Efésios 4:14)
O que fazer então?
Depois de
tanto tempo, sociólogos, psicólogos, analistas de diversas áreas e institutos
de pesquisa parecem chegar a uma conclusão: “Esta é a geração que passará sem
deixar vestígios.”
Uma geração de anônimos sem comprometimento consigo mesmos e com o meio de que fazem parte, de alienados. Geração que não luta, esforça-se, importa-se por nada e não se incomoda com isso. Como se tudo o que acontece não lhes afetasse ou dissesse respeito, sequer lhes aguçasse a curiosidade: “Geração Hipócrita!”
Uma geração de anônimos sem comprometimento consigo mesmos e com o meio de que fazem parte, de alienados. Geração que não luta, esforça-se, importa-se por nada e não se incomoda com isso. Como se tudo o que acontece não lhes afetasse ou dissesse respeito, sequer lhes aguçasse a curiosidade: “Geração Hipócrita!”
Geração que foi acomodada em um mundo de percepção e valores
distorcidos por um ego que não cabe em si mesma. Geração que não busca novas
experiências, indiferente e alheia a tudo. Individualista demais para
participar e compartilhar (além do Facebook): “Geração egoísta!”
Esta geração está passando sem receber atenção, sequer é percebida
por si mesma. O que a transformará em
uma geração esquecida. Ninguém lembrará dela porque não há feitos para recordar
ou comemorar. Essa é uma geração passiva de esquecimento: “Geração sem heróis
ou heroísmo!”
“Não vos
conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus.” (Romanos 12: 2)
Geração que, confrontada pela verdade da Palavra de Deus, não esboça reação nenhuma, pois foi assistida por seus pais a tomar decisões insensatas, e orgulharam-se disso sem perceberem que não havia do que orgulhar-se em uma geração sem Valores morais. “Geração Insensata!”
Geração que vai passar sem legado, que perde seus valores
comemorando futilidades que apenas divertem os que a assistem perdendo seu
pouco valor. Geração que deu às costas ao real valor da vida que está implícito
no aprendizado que a vida nos deixou intrincado entre os tempos. Valores que
fundamentaram reinos e permearam grandes feitos e ações lembradas e eternizadas
na história da humanidade. “Geração sem Legado!”
Geração que ficará na história como a que se imputou ao
direito de aprender com os erros de outrem e não ter tempo para aprender com os
próprios. Geração que mesmo favorecida pela tecnologia e comunicação,
distrai-se demais com seus “pormenores” e ocupa-se em não enxergar todo o
cuidado que há na criação. Desde Deus à família, até a sociedade Atual e moderna.
Sequer se dão ao trabalho de tirar os olhos do celular que descarrega a cada
meia hora, a cuidar de um futuro que se resumirá a fadiga e cansaço por conta
de suas escolhas tomadas sem consultar ao Google. Geração à qual havia uma
mensagem direta de disciplina, correção, exemplo, e acima de tudo Amor. Deus
tem tratado diretamente e pessoalmente esta geração, mas ela continua vivendo e
se exterminando mutuamente.
“ouvi a
correção, não a rejeiteis e sede sábios.” (Provérbios 8:33)
Não podemos passar sem sermos
vistos e sem deixarmos nossa boa marca. Deus nos desafia a sermos bênção para a
nossa geração. Somos verdadeiras sementes do plano de Deus na terra; temos que
nos lançar neste solo e deixar a vida de Deus crescer e frutificar através de
nós.
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