sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Melhor é aprender com os erros dos nossos predecessores, que não termos tempo de aprender com os nossos.


Nabucodonosor foi salvo ou não?
Os 4 primeiros capítulos do livro de Daniel nos conta a historia de um homem que precisou ficar louco para se converter. Este homem Chamava-se Nabucodonosor, rei de Babilônia.
Nabucodonosor II, governou durante 42 anos o Segundo Império Babilônico. Ficou famoso pela construção dos Jardins Suspensos da Babilônia e pela destruição de Jerusalém e seu Templo.
Nabucodonosor II ( 632 a.C.- 562 a.C.) é o filho e sucessor do Rei Nabopolasar, que fundou o segundo império babilônico (ou caldeu), sobre as ruínas do Império Assírio. Houve dois reis babilônicos com esse nome: Nabucodonosor I, que reinou entre 1146 e 1123 a.C.; e Nabucodonosor II, a figura mais famosa, que é
mencionado na bíblia, que reinou de 604 a 562 a.C.

Inscrição em Tijolo faz referência ao nome de
Nabucodonosor; Foi encontrada nas ruínas da
antiga Babilônia. Datada entre 604 e 561 a.C.
A História de um ícone que tinha tudo pra ser Grande, Porém...

Após a morte do rei Assírio Assurbanipal, em 631 a.C., o Império Assírio entrou em declínio, devido às revoltas dos povos dominados. O rei caldeu Nabopolassar adotou uma política expansionista, com o intuito de recuperar o antigo poder da Babilônia. Auxiliado pelo rei dos Medos, Ciaxares, combateu a Assíria e derrotou o seu exército, em 616 e 615 a. C., em Arapka. De seguida tentou apoderar-se de Assur, sem êxito, e aliou-se definitivamente aos Medos. Em 612 a. C., conquistou e arruinou Nínive. Os territórios conquistados foram partilhados entre os dois monarcas, conseguindo a Babilônia reconstruir o seu antigo império. Durante o reinado de seu pai Nabopolassar. Nabucodonosor fora o príncipe-herdeiro da Babilônia. Nabucodonosor casou-se em 612 a.C. com Amitis (Amu-hia), filha de Ciáxares, rei da Média. Teve pelo menos três filhos: Amel-Marduque (também chamado Evil-Meredoque), que o sucedeu no trono, Marduque-Sum-Usur e Nabu-Suma-Lisir. Continuando sozinho as suas investidas, Nabopolassar ordenou a seu filho Nabucodonosor a conquista da Síria. O que resta do Império Assírio sucumbe definitivamente em 605 a.C. Nabopolassar empenhou-se em reprimir os intentos egípcios de restabelecer seu império no Oriente Próximo e após uma série de lutas, seu filho, Nabucodonosor, derrotou totalmente os egípcios na Batalha de Carchemish em 605 a. C.. Nabucodonosor conquistou totalmente Hati, ou seja, a Síria e a Palestina, conforme comenta o historiador   Flávio Josefo. Nabucodonosor estava ocupado em guerras, quando seu pai faleceu; então voltou e foi coroado rei.
Crônica Babilônica mencionando os eventos que
tiveram lugar no oitavo ano de Nabucodonosor,
rei da Babilônia; Esta tabuleta de barro é parte
de uma série de registros babilônicos resumindo
os principais acontecimentos de cada ano.
Reinado
Durante o reinado de Nabucodonosor, que durou de 604 a.C. a 562 a.C., o Segundo Império Babilônico viveu o seu período mais glorioso. Deu continuidade à época de prosperidade e hegemonia babilônicas.
Nabucodonosor II expandiu seu império, conquistando boa parte da Cilícia, Síria, Fenícia e Judeia. Líder militar de grande energia e crueldade, aniquilou os fenícios, derrotou os egípcios e obteve a hegemonia no Oriente Médio.
Investindo pesado no seu exército, lutou por mais de trinta anos para conquistar os territórios da Assíria, Fenícia, parte da Arábia, Palestina, Síria e Elam, tornando-se a maior liderança do Oriente Médio da Antiguidade.
Em 604 a.C, ele começou a receber tributos da Síria, Damasco, Tiro e Sidom. Jeoaquim, rei de Judá, foi seu vassalo por três anos (II Rs 24:1; Jr 25:1). Em 599 a.C Nabucodonosor derrotou as tribos árabes de Quedar e do leste do rio Jordão (Jr 49: 28 – 33).Em 598 a.C. conquistou Jerusalém e e levou em cativeiro um grande número de seus habitantes ( II Reis cap. 25 e Daniel cap.1).Entre os anos 587 a.C. e 586 a.C., os exércitos de Nabucodonosor destruíram Jerusalém. Tanto as muralhas da cidade quanto o Templo foram destruídos. O resto da cidade ficou em ruínas durante pouco mais de um século. Os sobreviventes são conduzidos para Babilônia.

Construções
Ruínas dos Jardins Suspensos da Babilônia.
Nabucodonosor protegeu sua capital, Babilônia, com linhas de muralhas dupla e um muro entre os rios Tigre e Eufrates ao Norte de Babilônia que se estendiam a vinte e sete quilômetros e meio. Um imenso lago artificial também protegia a cidade. O que fazia de Babilônia uma cidade impenetrável. Porém quem a conseguisse invadir teria de ser extraordináriamente forte e numerosa em exércitos e força.
Nabucodonosor restabeleceu o sistema de irrigação. Havia canais que levava água do rio Tigre até o interior da cidade. Impulsionou o desenvolvimento arquitetônico com luxuosos palácios para os funcionários públicos. Entre as grandes obras que embelezaram a Babilônia, ficaram particularmente famosos os Jardins Suspensos da Babilônia (terraços jardinados construídos em pátios elevados sustentados sobre colunas para agradar à sua mulher, Amitis) e um zigurate (Torre-templo em forma piramidal com mais de 90 metros de altura) chamado incorretamente de "Torre de Babel". Reconstruiu a avenida do Cortejo, decorada lateralmente por cento e vinte leões de pedra. Essa avenida levava ao portão de Ishtar, adornado com tijolos esmaltados, com gravuras de quinhentos e setenta e cinco dragões e touros alados. Construiu um templo em honra a Ninmá, perto do portão de Ishtar. As ruínas da cidade de Babilônia foram escavadas entre 1899 e 1914, por Robert Koldeway e pela Deutsche Grientgesellschaft.

Leão alado usado como símbolo do Império babilônico sobre o comando de Nabucodonosor 
O rei caldeu publicou algumas obras. Ele era extremamente religioso. Em suas inscrições ele invoca as principais divindades do panteão babilônico, honrando principalmente os Deuses Marduque, Nabu, Samás, Sim, Gula e Adade. Mandou fazer santuários para os mesmos. Reconstruiu o grande templo de Bel-Marduque, na cidade de Babilônia, que ficou conhecido depois como E-Sigila.
Realizou grandes projetos em cidades como Ur, Larsa, Sipar, Ereque. Essa última a embelezou muito, traçando novas avenidas, e levantando muralhas.
Nabucodonosor faleceu em 562 a.C.. Foi sucedido pelo seu filho Evil-Merodaque, chamado também de Belsazar. O Segundo Império Babilônico não sobreviveu por muito tempo após a morte de Nabucodonosor, apenas 23 anos, sendo conquistado em 539 a.C. pelo rei Persa Ciro.

Em sua arrogância o rei Nabucodonosor “disse: não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para a glória da minha magestade?” (Dn.: 4:30) E revelava a gradiosa obra que estava diante de si, onde tudo quanto seus olhos pudessem avistar estava sob seu governo e vontade, porém, seu grande erro foi afrontar ao Rei dos reis” pelo qual tudo quanto conquistou havia sido seu desejo, o mesmo Deus que não era uma de suas divindades e sequer estava incluso em seu panteão divino, mas que se estabelecia como único, pois outro não há. “Não vos assombreis, nem temais; porventura não vo-lo declarei há muito tempo, e não vo-lo anunciei? Vós sois as minhas testemunhas! Acaso há outro Deus além de mim? Não, não há Rocha; não conheço nenhuma. (Is.: 44:8)”
O Grande Senhor Deus de Israel sentenciou-o, mas sendo o Deus que dá oportunidades, revelou sua onisciência quando mandou a Daniel avisá-lo do que lhe aconteceria em vários momentos, sabe-se que era também um rei muito místico e religioso, porque mantinha a magos, encantadores, feiticeiros, e astrólogos (Dn.:2-2) para que quando sonhasse ou tivesse qualquer tipo de dúvida, pudesse ter as respostas o mais rápido possível, “o que nós fazemos hoje com computadores/internet”. Nabucodonosor, como rei era acostumado a ser mimado e nunca contrariado, mas Deus tem suas próprias maneiras de colocar o homem a seu dispor. Nesse caso, Deus retirou de Nabucodonosor todo o seu entendimento, fazendo-o viver como um animal do campo alimentando-se do que estava ao alcance dos seus olhos. “Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, e tornou-me a vir o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre. Cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Todos os moradores da terra são reputados em nada; segundo a sua vontade Ele opera no exército do céu e nos moradores da terra. Não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Dn.: 4-34)
A grande verdade é que Nabucodonosor foi salvo porque humilhou-se diante de Deus, reconhecendo-o como quem Ele É!
Ao contrário de seu filho Belsazar, que mesmo sabendo do que o Senhor Deus fizera a seu pai o grande rei que tinha o poder de fazer e desfazer, ordenar que fosse morto ou que permanecesse vivo, que engrandecia quem quisesse e também a quem queria abater sem ter oponentes(Dn.:5-19), Que ele era um Rei a quem o próprio Senhor Deus de Israel estabeleceu e revelou que igual a perfeição de seu reinado não haveria (Dn.: 2-37e38); O mesmo Deus que o tornou de grande “rei de reis”, dotado de grande sabedoria e poder humano e exaltado por todos os povos da terra, fez com que por sete tempos (Dn.: 4-32e33) vivesse comendo erva como os bois, vivendo nu entre os homens,(Dn.: 5-21) e humilhado entre todos os povos da terra e por toda eternidade por não reconhecer que sendo “rei de reis”, havia um, que superior a ele, estabelecia-se Deus e “Rei dos reis” e dominador d’entre tudo e maior que todos os homens e reinos sem que houvessem oponentes a Ele.

Deus é um Deus oportunidades – porem há uma linha invisível que separa a paciência de Deus da ira de Deus. Os que persistem em andar no caminho errado cruzam essa linha invisível. Mas chega um dia em que Deus diz: Basta! Belsazar filho de Nabucodonosor presenciou como Deus libertou os amigos de Daniel da fornalha. Viu como Nabucodonosor foi arrancado do trono para tornar-se um animal, até que seu coração foi humilhado e convertido, Belsazar sabia o que era conversão. Ele viu o verdadeiro Deus ser louvado e adorado no palácio que agora ele ocupava como rei. (Dn.: 4:31)
Ele testemunhou as obras de Deus dentro da sua casa, mas apesar de tantos exemplos e advertências continuou no caminho da desobediência promovendo uma festa na qual, profanando as coisas sagradas tiradas do templo da Casa de Deus, viu uma mão escrevendo na parede a sua frente palavras das quais não podia entender e temendo e tremendo, mandou que chamassem a Daniel que deu a sua sentença de morte revelando que nesta mesma noite morreria pelas mãos de Dario, o Medo. Belsazar conhecia a verdade, mas a rejeitou. Ofendeu a Santidade de Deus. Não deu glória a Deus (Dn.:5:22). Desperdiçando as oportunidades de aprender com os erros do seu pai, não teve tempo de aprender com seus próprios erros.
Deus deu um ano para Nabucodonosor arrepender-se, mas a Belsazar apenas uma noite, naquela mesma noite que pereceu.(Dn.:5:24a31)
Não sabemos quando Deus dirá a alguém: “Mais uma desobediência, e será a ultima.
Melhor é aprender com os erros dos nossos predecessores, que não termos tempo de aprender com os nossos.

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