Quando se
fala em Exegese, fala-se em responsabilidade intelectual, profissionalismo e
competência e tudo isso ligado a um senso de ética muito afiado e refinado. Pois
se há assuntos de tal dimensão que requerem um estudo tão particular, o que se diria
da pessoa encarregada de tal façanha.
A exegese
tem como objetivo tirar as cortinas que estão sobre um texto específico,
fazendo uso das línguas vernáculas para dar clareza a interpretação que já esta
na Bíblia. A exegese deseja analisar uma determinada palavra inserida em um
texto específico e ir no mais profundo do seu significado. Difere-se da
hermenêutica, porque esta intenciona conhecer o texto em parâmetros gerais. A
hermenêutica poderá surgir da exegese, uma vez que, os princípios gerais
exegéticos aplicados ao texto, serão desenvolvidos pelas ferramentas da
hermenêutica. Por isso uma exegese errada (eisegese), levará o hermeneuta a uma
falácia hermenêutica.
A exegese analisa um texto específico, já a hermenêutica analisa um texto dentro dos seus aspectos gerais. A exegese quer entender somente aquele texto: versículo, frase ou palavra. A hermenêutica quer saber o que toda a Bíblia fala sobre aquele texto: o contexto, o livro, a história, o momento político, social, econômico, cultural, etc.
A exegese analisa um texto específico, já a hermenêutica analisa um texto dentro dos seus aspectos gerais. A exegese quer entender somente aquele texto: versículo, frase ou palavra. A hermenêutica quer saber o que toda a Bíblia fala sobre aquele texto: o contexto, o livro, a história, o momento político, social, econômico, cultural, etc.
A exegese é
uma forma cerrada de interpretação de texto que leva em conta o significado de
cada termo em seu contexto cultural e social. Sua assombrosa erudição, não
deveria afugentar o leitor, porém é o que acontece com os mais sensatos, os
quais reconhecem a complexidade de certos assuntos e comentam apenas aquilo que
têm domínio.
Contudo, há
ainda quem queira fazer frente às questões impostas pela gramática e poder da
linguagem implícitas no tipo de escrita que é campo particular dessa “ciência
da interpretação”, a Exegese, que utiliza-se de termos contemporâneos para
elucidar textos formais e históricos que não seriam amplamente compreendidos
pelas massas em uma linguagem formal. Da mesma maneira, na Álgebra, onde utiliza-se
letras em latim para representar números desconhecidos, incógnitas, ou número
qualquer de um conjunto para explicar a resolução de uma equação que apenas de
maneira literal não se poderia explicar.
Se Fôssemos definir
a palavra Exegese diríamos que é a interpretação profunda de um texto bíblico, jurídico
ou literário. A exegese como todo saber, tem práticas implícitas e
intuitivas. A tarefa da exegese dos textos sagrados da Bíblia tem uma
prioridade e anterioridade em relação a outros textos. Isto é, os textos
sagrados são os primeiros dos quais se ocuparam os exegetas na tarefa de
interpretar e dar seu significado. A palavra exegese é oriunda do grego “Exegeomai”, “Exegesis”,
ambas tem o sentido de retirar, derivar, extrair, externar, exteriorizar e/ou
expor; e "Hegeisthai" o de conduzir, guiar.
Por isso, o
termo exegese, pode ser entendido como: “revelar o sentido de algo”. E a
prática da exegese se orientou no sentido de preservar as palavras em seu
sentido mais perfeito de acordo com o contexto para a interpretação dos textos
bíblicos.
Exegese,
portanto, é a denominação que se confere à interpretação das Sagradas
Escrituras desde o século II da Era Cristã. Orígenes, cristão egípcio que
escreveu nada menos que 600 obras, defendia a interpretação alegórica dos
textos sagrados, afirmando que estes traziam, nas entrelinhas de uma clareza
aparente, um sentido mais profundo.
Não
obstante, Ser exegeta é contextualizar o que foi escrito com a cultura da época
e extrair os princípios morais para o tempo presente, e não distorcer o real
sentido daquilo que está escrito por pura opinião e/ou ponto de vista.